Menos de meio ano depois das perdas causadas pelas chuvas excessivas de 2018, o Canal do Panamá volta a amargar prejuízos. Desta vez por causa da seca. No ano passado as operações foram interrompidas para abertura das comportas, liberando o excesso de água que mantinha o Lago Gatún, que une os sistemas de comportas nos dois oceanos, bem acima do seu nível normal. Depois de cinco meses de seca, o lago está bem baixo este ano, mas isso está obrigando os operadores a limitar o peso transportado pelos navios para que estes não atolem. Só que a tarifa é cobrada de acordo com o peso transportado.
A economia do Panamá depende em muito das receitas obtidas pelo Canal. Hoje, o Lago Alajuela serve como reservatório auxiliar para o Lago Gatún. Uma das ideias é abrir outro lago para servir tanto à operação do Canal quanto para abastecimento dos panamenhos. Isso gerou protestos ambientalistas por implicar em desmatar uma vasta área.
Um artigo no Financial Times analisa, ainda, o impacto sobre as receitas do Canal por conta da guerra comercial de Trump contra a China.
ClimaInfo, 5 de junho de 2019.
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