O desafio climático do metano

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A concentração de metano na atmosfera está aumentando rapidamente. Esta concentração ficou constante de 2000 até 2007, quando voltou a subir. E se acelerou ainda mais desde 2014. A taxa de aumento da concentração entre 2014 e 2018 é o dobro da taxa entre 2007 e 2018. Este é o principal resultado de uma pesquisa que acaba de sair na Science.

O poder do metano na geração de efeito estufa é 28 vezes maior do que o do dióxido de carbono.

A pesquisa mostra que o aumento está acontecendo por uma conjunção de fatores. Metade desse crescimento desde 2007 é atribuída aos rebanhos bovinos e de outros ruminantes.

Uma fração importante da outra parte do crescimento parece ser consequência do próprio aquecimento global. Temperaturas mais altas aceleram a decomposição da vegetação de manguezais. O último El Niño coincide com a aceleração da taxa de emissão de metano. Ele provocou temperaturas mais elevadas em boa parte do Sudeste da Ásia e pode ter levado a uma decomposição mais significativa nos litorais.

O problema dessa hipótese é que não há nada que a humanidade possa fazer. Quanto aos bifes e leite, sempre dá para reduzir ou até eliminar seu consumo. Quanto aos mangues, só dá parar de queimar fósseis e parar de desmatar e rezar para que os mangues resistam ao aquecimento que continuará aumentando.

Publicamos no nosso site um artigo do Climate Nexus que aprofunda esta discussão.

 

ClimaInfo, 11 de junho de 2019.

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