A ex-secretária executiva da Convenção do Clima, Christiana Figueres, escreveu no Financial Times que China, Japão e Coreia do Sul precisam parar de incentivar o uso do carvão. Nas palavras dela: “entre 2008 e 2016, Japão, China e Coreia do Sul, juntos, exportaram mais de 130 GW de capacidade térmica a carvão, o mesmo que a capacidade inteira da França. E eles continuam a exportar a tecnologia altamente poluente do carvão para as economias em crescimento rápido do Sudeste Asiático, usando seu poder econômico para vender equipamentos que estão perdendo valor rapidamente.”
Figueres aponta o outro lado da moeda, mostrando peças importantes do sistema financeiro desses países que estão desinvestindo do carvão, e dos fósseis em geral, e a acelerada expansão das renováveis em seus países.
A esse respeito, no mês passado, Shashank Bengali escreveu no Los Angeles Times que, enquanto estes países prometem sustentabilidade em casa, financiam o carvão no exterior.
Em tempo: por aqui, segundo a Aneel, a capacidade total é de mais de 160 GW, da qual 60% são hidrelétricas e 15% térmicas fósseis.
ClimaInfo, 14 de junho de 2019.
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