A dinâmica que envolve abrir estradas para a extração de madeira e, posteriormente, o aumento do desmatamento, não é uma jabuticaba – é um dos principais vetores do processo também na bacia do Congo.
Em um trabalho publicado na Nature, pesquisadores apontam que, entre 2000 e 2017, as taxas de desmatamento em um raio de 1 km contado a partir do eixo das estradas, as taxas de desmatamento aumentaram acentuadamente, e estas foram mais elevadas nas estradas antigas, mais baixas nas estradas abandonadas e, geralmente, mais elevadas fora das concessões madeireiras. As estradas abandonadas correspondem a 44% da malha existente dentro das áreas de concessão, mas elas continuam lá, como veias abertas no meio da mata.
Fora dessas áreas, o desmatamento acontece predominantemente nas pequenas propriedades que cortam a floresta para abrir mais espaço.
Um artigo publicado na Science no ano passado explica essa dinâmica. A Mongabay comentou este trabalho dizendo que há uma perspectiva sombria de desaparecimento da floresta até o final do século.
A floresta tropical na bacia do Congo cobre uma área de 3 milhões de km2 e é a segunda maior do mundo. Dez países têm parte ou toda sua área no interior da bacia.
ClimaInfo, 27 de junho de 2019.
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