A nova democracia brasileira é mal-educada

Bolsonaro mal educado

Bolsonaro disse ao desembarcar em Osaka que “o presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores, que vieram aqui para ser advertidos por outros países, não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento no passado como alguns chefes de estado tiveram aqui” (sic). E acrescentou que o Brasil “tem exemplo para dar para à Alemanha” sobre meio ambiente. A bronca respondeu à chanceler alemã Angela Merkel, quem disse pretender conversar Bolsonaro sobre as políticas ambientais e de direitos humanos de seu governo.

O general Augusto Heleno também mostrou fino trato ao declarar que “a política de meio ambiente é totalmente injusta ao Brasil. O Brasil é um dos países que mais preserva meio ambiente no mundo. Quem tem moral para falar da preservação de meio ambiente do Brasil? Estes países que criticam? Vão procurar a sua turma!”.

Vamos aos fatos, senhores do governo: ninguém no mundo desmata mais que o Brasil, nenhum governo do mundo liberou 239 agrotóxicos em 6 meses, nenhum país mata mais índios e ativistas ambientais.

Em tempo: o desempenho econômico do país está entre os piores do G20 e a taxa de investimento nos últimos anos só perde para os primeiros anos da ditadura. Baixo investimento é receita segura para um crescimento pífio durante muito tempo. Mas, para o governo, o que importa são as tomadas de 3 pinos e as alegadamente poderosas ONGs, as quais – diz o governo – atravancam o desenvolvimento do país.

 

ClimaInfo, 28 de junho de 2019.

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