O desmatamento aproxima a Amazônia de pontos de virada

INPE desmatamento

Jonathan Watts comenta no The Guardian os últimos dados do INPE – aqueles que Bolsonaro diz terem-no pego desprevenido – e diz que a taxa de desmatamento nas primeiras três semanas de julho “disparou para mais de 3 campos de futebol por minuto”. Diz também que tudo leva a crer que, ao final de julho, a floresta perderá uma área “maior que a área metropolitana da Grande Londres.”

O biólogo Phillip Fernside explica a Watts que “existem uma série de pontos de virada (tipping points) não muito distantes. Nós não sabemos exatamente onde estão, mas sabemos que estão bem próximos. Isso quer dizer que precisamos agir imediatamente. Infelizmente, não é isso que está acontecendo. Existem pessoas que até negam que temos um problema.”

O artigo segue falando do possível impasse no acordo Mercosul-União Europeia, da briga do presidente com o INPE e da invasão de Terras Indígenas por garimpeiros e madeireiros, estes últimos apoiados pelo “subministro da agricultura, Ricardo Salles.”

Em tempo: Em meio às notícias sobre desmatamento, um lufada de refresco: já há algum tempo, o Mato Grosso vinha disputando o título de maior desmatador com o Pará. Eis que o Imazon verificou que em junho, o desmatamento no MT caiu 26% quando comparado com junho de 2018. O resultado saiu no começo do mês, mas só ontem O Globo deu o devido destaque.

 

ClimaInfo, 26 de julho de 2019.

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