Dário Vitório Kopenawa Yanomami, filho de Davi Kopenawa e vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, está ameaçado de morte. As perseguições aumentaram desde que a Associação voltou a denunciar o garimpo ilegal em suas terras.
Segundo a contagem feita pelos Yanomami, 20 mil garimpeiros estão atualmente no território atrás de ouro. Matéria da Deutsche Welle relata a abertura de cavas e contaminação do solo e da água com mercúrio. O Ministério Público Federal já alertou para risco de genocídio.
No meio do Território Yanomami, pistas de pouso clandestinas são construídas para trazer suprimentos e levar o ouro encontrado. Sobrevoos feitos recentemente identificaram, além de casas improvisadas, bares, pontos de Wi-Fi e cabarés nas áreas de garimpo. Dario diz que “esses garimpeiros não trabalham sozinhos. Eles têm muito apoio e financiamento de políticos importantes e empresários grandes”.
A recente onda de invasões de garimpeiros ganhou força depois que diminuiu a vigilância na Terra Indígena. A Funai mantinha quatro Bases de Proteção Etnoambiental no local, mas três foram desativadas. Apenas a de Ajarani está em funcionamento, voltada para o atendimento aos Yanomami de contato recente. Duas bases do Exército montadas na área após uma operação de combate ao garimpo ilegal realizada em 2018 também foram desmobilizadas.
ClimaInfo, 30 de julho de 2019.
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