O mau-cheiro do acordo secreto sobre a energia de Itaipu chega a Brasília

13 de agosto de 2019

No final de maio, o Brasil assinou um acordo secreto com o Paraguai que, dentre outras, tratava da compra da energia excedente da parte daquele país. Uma das cláusulas abria a possibilidade de venda direta da energia da Itaipu Binacional a empresas privadas. Hoje, os únicos dois compradores da energia são a Eletrobrás e a análoga paraguaia, a ANDE.

A ata do acordo vazou no país vizinho quando o diretor financeiro da ANDE renunciou, disparando que havia corrupção grossa no acordo que atingia a presidência e a vice-presidência do país. O congresso paraguaio ameaçou com um processo de impeachment e o governo daquele país recuou e cancelou o acordo.

Nos últimos dias, as repercussões passaram para o lado de cá do Rio Paraná. Relatando conversas entre o presidente, Mario Abdo Benitez, o vice, Hugo Velázquez, e seu advogado, José Rodríguez, a Folha informa que, “nas conversas, fala-se de uma possível venda de parte da energia que corresponde ao Paraguai a uma empresa brasileira, a Léros que, segundo essas mensagens, estaria ligada à família Bolsonaro.”

Estima-se que o acordo traria um prejuízo ao Paraguai da ordem de US$ 200 milhões. O Estadão divulgou a resposta do governo brasileiro negando qualquer envolvimento em malfeitos. O Valor também acompanha o processo.

 

ClimaInfo, 13 de agosto de 2019.

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