Marcha de mulheres indígenas contra governo Bolsonaro

mulheres indígenas

Ontem, em Brasília, aconteceu a 1ª marcha de mulheres indígenas em protesto contrário ao governo Bolsonaro. O lema da marcha foi “Território: nosso corpo, nosso espírito”. Segundo a organização, estavam presentes mais de 3.000 mulheres de aldeias de Amazonas, Acre, Pará, Maranhão, Roraima e Mato Grosso do Sul.

A líder indígena Sônia Guajajara, uma das organizadoras da marcha, disse que “esse governo totalmente autoritário e conservador quer negar e explorar nossos territórios, negando nosso direito de existir. Viemos para marcar posição e mostrar que estamos alertas e vigilantes.”

Bolsonaro chamou a Força de Segurança Nacional para vigiar a marcha, que percorreu a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes.

Maria Paula Fidalgo descreveu a marcha e o movimento em um artigo tocante publicado pela Folha que vale ler.

A marcha fez parte dos eventos do Fórum Nacional de Mulheres Indígenas que termina hoje.

Em tempo 1: na semana passada, o líder yanomami, Davi Kopenawa, falou com o site Racismo Ambiental: “Bolsonaro enganou muita gente, até indígenas, mas a mim ele não engana. Ele é o que nós, Yanomamis, chamamos de xauara, possui um pensamento adoecido, completamente louco. Quer manchar nossas terras, exercer sua maldade quando, na verdade, deveria estar ali apenas para respeitar as leis.”

Em tempo 2: também na semana passada, Sonia Guajajara falou sobre a luta das mulheres indígenas ao site AzMina. Vale a leitura para saber por que elas se consideram “as inimigas número 1 deste governo”.

 

ClimaInfo, 14 de agosto de 2019.

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