A crise fortaleceu o núcleo militar do governo

núcleo militar

O arrefecimento no discurso de Bolsonaro no pronunciamento da última 6ª feira foi fruto da pressão do agronegócio, como comentamos ontem, mas também da volta do núcleo militar ao centro político.

Segundo matéria do Valor, “o núcleo militar voltou a ganhar força ao conduzir uma mudança de rumos no discurso do presidente Jair Bolsonaro (…) E, ao mesmo tempo, isolou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.”

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, se tornou uma espécie de ‘porta-voz da crise’. A matéria explica que, “na avaliação de uma fonte do governo que acompanha o gabinete de crise criado na sexta-feira, as queimadas na floresta amazônica poderiam ter sido acudidas com a ação rotineira do Ibama em articulação com governos estaduais e forças policiais federais, como sempre acontece todos os anos. A condução do problema por Salles, marcada pelo enfrentamento, no entanto, criou condições para ressurgir o poder dos militares.”

Ainda ontem, apesar do tiroteio entre Bolsonaro e Macron, o general Fernando Azevedo e Silva disse à BBC que “toda ajuda é bem-vinda”, incondicionalmente.

 

ClimaInfo, 27 de agosto de 2019.

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