Incêndios destruíram 30 mil km² em agosto

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Incêndios florestais queimaram 29.944 km² do bioma amazônico, o equivalente a 4,2 milhões de campos de futebol, segundo dados do INPE. A área queimada é mais de quatro vezes maior do que a queimada em agosto de 2018, quando foram registradas queimadas em 6.048 km². E é a maior desde 2010, quando a região sofria com uma seca intensa e teve 43.187 km² queimados.

Os municípios mais desmatados são aqueles que registram maior número de focos de incêndio. As dez cidades com mais focos são responsáveis por 37% das queimadas em 2019 e por 43% do desmatamento registrado até o mês de julho. O destaque ficou para Altamira, no Pará, que registra quase 3.000 focos de calor no ano.

A diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Ane Alencar, afirmou ao UOL que o aumento no número de queimadas só pode ser explicado pela alta no desmatamento, já que não houve qualquer evento climático extremo que justifique essa situação: “Neste ano não temos uma seca extrema, como em 2015 e 2016. Em 2017 e 2018, tivemos um período chuvoso suficiente. Em 2019, não temos eventos climáticos que afetam as secas, como o El Niño, ou eles não estão acontecendo [de maneira] forte. Não tem como o clima ser a explicação desse aumento [de queimadas]”.

 

ClimaInfo, 4 de setembro de 2019.

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