“Quem está lucrando com o desenvolvimento que levou aos incêndios?” Para responder a esta pergunta, Anna Lappé segue, no The Atlantic, a trilha do dinheiro envolvido nos grandes negócios que alimentam as chamas. Anna parte de um trabalho da Amazon Watch: “Investidores estrangeiros têm uma influência enorme sobre o que acontece na Amazônia brasileira. Grandes bancos e empresas de investimento desempenham um papel crucial, provendo bilhões de dólares em empréstimos, subscrições e investimentos em equity.”
Aqui, todo este capital alimenta as cadeias da carne e da soja que desmatam e queimam. No ano passado, por exemplo, a Cargill e a Bunge pagaram multas milionárias por terem comprado soja proveniente de terras embargadas por desmatamento ilegal.
Christian Poirier, da Amazon Watch, comenta: “As más práticas comerciais desses importantes atores enviam sinais de que seus fornecedores podem continuar a violar a lei e continuar a ser recompensados com acesso aos mercados globais.”
Uma outra trilha do dinheiro é descrita por Florência Costa, que cobriu para o Colabora a Conferência Ethos deste ano e o painel ‘O que será preciso para o Brasil combater o desmatamento ilegal até 2030?’: “O desprezo do governo pelo ambiente mistura-se, na Amazônia, com grileiros, garimpeiros, piratas egressos das FARCs e traficantes, para compor um cenário caótico que ameaça a floresta”.
ClimaInfo, 6 de setembro de 2019.
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