O ministro do Meio Ambiente e a FIESP andam repetindo que 84% da floresta está preservada “como quando os portugueses chegaram”, nas palavras de Ricardo Salles. Esse dado é falso.
Segundo o INPE, o desmatamento acumulado na Floresta Amazônica (bioma Amazônia) até 2018 era de 788.352,9 km2. Restam 3.206.101,3 km2 do bioma. Portanto, 80,3% da Amazônia estão de pé. Parece muito ainda, não é?
Só que uma porção enorme desse território está degradada por exploração de madeira, fogo e outros fatores, o que não aparece na taxa oficial de desmatamento.
A diferença entre o número apresentado por Salles, que vem da Embrapa Territorial, e o dado do INPE não é desprezível: 4% de 3,2 milhões de km2 são 128 mil km2, ou uma Inglaterra.
O texto é do Observatório do Clima.
Em tempo: representantes de servidores ambientais federais entregaram uma carta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na 4ª feira (4), com propostas para a solução da crise ambiental pela qual passa o país. Entre elas, pedem a troca do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “por um novo titular que compreenda a importância e a dimensão da pasta, defenda a política socioambiental e não tenha sido condenado por improbidade administrativa”. O relato é de Giovana Girardi, do Estadão.
ClimaInfo, 6 de setembro de 2019.
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