A importância da Amazônia para o mundo

Amazônia

A Nature publicou um editorial sobre a Amazônia em chamas, chamando a atenção do mundo para deter a destruição do bioma antes que seja tarde demais. O editorial destaca os esforços feitos na primeira década deste século que conseguiram fazer despencar a taxa de desmatamento, para defender que existem soluções. “A Floresta Amazônica é um reservatório de biodiversidade e carbono, fixado em árvores e solos. Limpar e queimar a floresta para dar lugar à agricultura destrói as primeiras e libera o carbono dos solos para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. O Brasil reivindica, com razão, a soberania sobre seu território, mas a floresta é um bem global, assim como a soja e a carne bovina produzidas por agricultores e pecuaristas são commodities globais. A responsabilidade pelo que acontece no território brasileiro se estende muito além de suas fronteiras.”

Artigo publicado em junho último, na Ecohydrology, examina o que acontece com a hidrologia e com a temperatura local em áreas desmatadas, mostrando que a mudança de uso da terra favorece a proliferação de incêndios formando um círculo vicioso e perverso.

Gabriel de Oliveira, em comentário na Science Daily, diz que “os incêndios na Amazônia acontecem todos os anos durante a estação seca. Temos áreas agrícolas, áreas que foram desmatadas no passado, mas para limpar a área para o ano seguinte, ou para melhorar um pouco o solo para o ano seguinte, que incendiaram. Eles afirmam que só estão incendiando terras agrícolas. Mas, às vezes, o fogo fica fora de controle e contribui para um maior desmatamento. Os incêndios ficam fora de controle nas terras agrícolas e alcançam a floresta e queimam a floresta (…) não há incêndios naturais na Amazônia. Todos eles são provocados por seres humanos”.

Em tempo: neste final de semana, incêndios de grandes proporções chegaram em Alter do Chão e Ponta de Pedras, na região de Santarém. Segundo matéria d’O Globo, a área atingida é de mata nativa.

 

ClimaInfo, 16 de setembro de 2019.

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