O festival de sandices que assola o Itamaraty e a Câmara

sandices

Mais uma vez, o chanceler Araújo vem a público exibir toda sua ignorância. Na semana passada, depois de afirmar que “o objetivo principal do climatismo é acabar com o debate democrático”, ele voltou à carga dizendo que satélites “não diferenciam fogueiras de acampamento de grandes incêndios.”

Também na semana passada, o chanceler repetiu várias vezes que os incêndios florestais deste ano estão na mais absoluta normalidade, frase repetida também pelo presidente e pelo ministro do meio ambiente. Se num primeiro momento, o governo se apoiava em um relatório da NASA sobre um período anterior aos incêndios, a agência sumiu dos discursos oficiais depois de reportar “que 2019 foi o pior ano de incêndios na floresta desde 2010, com perceptível aumento de focos de queimadas grandes, intensas e persistentes ao longo das principais rodovias do centro da Amazônia do Brasil.”

Ainda mais preocupante foi saber pelo Estadão que Araújo se reuniu com o alt-right Steve Bannon para preparar o discurso que Bolsonaro pretende fazer na abertura da Assembleia Geral da ONU no próximo dia 24.

Para quem, como os bolsonaristas, bate no peito e defende a todo tempo a soberania do país, é preciso indagar de qual soberano eles estariam falando. Trump?

Em tempo: o presidente de Comissão de Mudanças Climáticas do Congresso, senador Zequinha Marinho, disse que “a influência humana é muito pequena nas alterações do clima. Algumas estatísticas dizem que não chega a 4%.”

É como se tivessem convidado o coronel Brilhante Ustra (reencarnado) para presidir a Comissão da Verdade.

 

ClimaInfo, 16 de setembro de 2019.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)
x (x)
x (x)