Brasil, China e países sem maiores ambições de mitigação da crise climática não falarão na Cúpula da ONU

ONU

O secretário geral da ONU e seu enviado especial, Luis de Alba, só convidaram para discursar na Cúpula do Clima aqueles países que se se comprometerão a aumentar as ambições climáticas e se engajararão em ações para atingi-las. Como esse não é o caso dos maiores emissores do mundo – EUA, China, Índia, Rússia, Japão, Brasil, Austrália e Coreia do Sul -, estes não terão a palavra. A notícia foi divulgada por Folha, Estadão e Financial Times, entre outros.

Ao caso do Brasil, somam-se as manchetes sobre os desmatamentos e os incêndios florestais, como a comprovar que o país rema no sentido oposto ao bom senso, à melhor ciência e aos apelos do secretário Guterres. O Valor diz que o Brasil “será alvo das atenções durante a semana do clima”.

A guerra de declarações entre Macron e Bolsonaro pode voltar a se intensificar. O presidente francês quer apoio para um fundo dedicado à proteção de todo o bioma amazônico, no Brasil e nos países vizinhos. Para isso, Macron usa o exemplo da Guiana Francesa, que é quase toda ocupada pela floresta. O governo brasileiro já avisou que entende a proposta como uma ameaça à sua soberania. A RFi falou sobre o lado francês e o Valor sobre o entendimento do governo brasileiro.

Em tempo: em declarações separadas, publicadas nesta 3a feira, a China e a Índia, primeiro e quarto maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, cobraram dos países ricos o cumprimento da promessa de mobilização de US$ 100 bilhões por ano até 2020, para que os países em desenvolvimento lidem com os impactos da crise climática, informa o site Climate Change News. O Fundo Verde foi pensado para auxiliar os países com poucos recursos a, principalmente, implantarem ações de adaptação à mudança do clima.

 

ClimaInfo, 19 de setembro de 2019.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)
x (x)