Falta de água ameaça novas térmicas na Ásia

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Partes da Ásia que dependem de usinas térmicas podem enfrentar crises de fornecimento pela falta de água para o resfriamento dos circuitos destas usinas. A Mongólia, o Sudeste asiático e partes da Índia podem vir a ser seriamente afetados. A China, que tem planos de instalação de mais de 400 GW em térmicas a carvão, também.

Este é o principal resultado de um trabalho que acaba de ser publicado na Energy & Environmental Science.

Yaoping Wang, da universidade do Tennessee, disse que “a expansão da capacidade combinada com a mudança climática reduzirão a disponibilidade de água para resfriar as térmicas.”

Outro autor, Jeffrey M. Bielicki, da universidade de Ohio, comentou que “muitas vezes se percebe uma tensão entre o desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente. Alguns dos resultados deste estudo estão dizendo: ‘Estamos prevendo que se enfrentará problemas’, então os planos deveriam mudar seletivamente, assim como reduzir o número de usinas elétricas existentes, porque, ao adicionar novas, cria-se mais competição pela água.”

Os dois comentários saíram na Science Daily.

Em tempo: o Brasil caminha para ter mais usinas térmicas fósseis e até mesmo nucleares. Ambas as tecnologias precisam resfriar o vapor do circuito primário. A solução mais barata é usar água fresca. Porém, os modelos climáticos indicam que as crises hídricas tendem a aumentar em boa parte do país. Existem dois caminhos possíveis: gastar mais e usar água do mar, quando isso é possível, ou gastar ainda mais e instalar sistemas de resfriamento a ar.

 

ClimaInfo, 23 de setembro de 2019.

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