Para enfrentar a mudança do clima, proteja e recupere as florestas

Dinamam Tuxá

O líder indígena Dinamam Tuxá, coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), ressaltou em entrevista à Folha que o conhecimento dos Povos Tradicionais pode ser uma das armas mais importantes para o enfrentamento da mudança do clima: “Os Povos Tradicionais protegem um terço das florestas tropicais do planeta. Por isso nossa importância foi reconhecida no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O documento, lançado em agosto por especialistas de todo o mundo, afirma que garantir o nosso direito à terra é uma das ações mais eficazes para que a humanidade vença essa crise. Não precisamos de tutela e não temos a intenção de pajear ninguém.”

Tiago Cavalcanti, da universidade de Cambridge, escreve no Valor que “uma forma eficiente de capturar os gases de efeito estufa, na qual guardo esperança, é através de um programa forte de reflorestamento. A natureza ainda é a forma mais eficiente de absorver carbono (…) um programa de transferência de renda para países em desenvolvimento para evitar o desmatamento e reflorestar algumas áreas poderia ser liderado por fundos de investimento e nações desenvolvidas.”

E Christina Larson, na AP, diz que “destruir florestas pode ser rápido, fazê-las rebrotarem novamente é muito, muito mais lento.” Ela escreveu um artigo longo, contando dos esforços de recuperação de florestas na região de Madre de Diós, na Amazônia peruana, na Mata Atlântica brasileira e nos Apalaches norte-americanos destruídos por minas de carvão. Como ela diz: “árvores contam”.

 

ClimaInfo, 04 de outubro de 2019.

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