Uma alimentação saudável é “também, quase sempre, a melhor para o ambiente”, concluíram os pesquisadores envolvidos na “análise mais sofisticada feita até hoje” do assunto, nas palavras do jornal inglês The Guardian. Enquanto frutas, legumes, feijões e cereais integrais contribuem para a prevenção de doenças, também protegem o clima e os recursos hídricos; já a carne vermelha e processada é a que causa mais problemas à saúde e mais poluição.
O Guardian cita o líder de pesquisa, Dr. Michael Clark da Universidade de Oxford, dizendo que “continuar a comer da forma como o fazemos, ameaça as sociedade, por meio de doenças crônicas e degradação do clima, dos ecossistemas e dos recursos hídricos da Terra. A escolha de dietas melhores e mais sustentáveis é uma das principais maneiras pelas quais as pessoas podem melhorar sua saúde e ajudar a proteger o meio ambiente”.
Também sobre a relação entre as nossas dietas e o clima, a colunista especializada em mudanças climáticas da Sky News, Hannah Thomas-Peter, escreve sobre o impacto da carne e dos laticínios sobre o planeta: “Embora eu não esteja argumentando que a produção e o consumo de dietas baseadas em plantas são ambientalmente perfeitos, ainda acho que o argumento a favor da redução de carne e dos laticínios é muito claro (…) Há muitos riscos se não o fizermos e muitos benefícios se o fizermos.”
Em tempo: já que não há maneira de zerarmos as emissões de carbono sem abordar, também, o problema da carne, sugerimos a leitura do livro Billion-Dollar Burger. O autor, Chase Purdy, escreve sobre as empresas que estão na vanguarda do emergente setor da tecnologia de alimentos e conta a história interna da Hampton Creek – a primeira e única startup de alimentos a atingir o status de unicórnio – e de sua corrida para a criação de uma carne sintética viável, colocá-la no mercado à frente da concorrência e acabar com o monopólio da agropecuária.
ClimaInfo, 30 de outubro de 2019.
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