O setor de saúde global emite 4,4% do volume mundial de gases-estufa – mais do que Japão ou Brasil. Se fosse um país, o setor seria o quinto maior emissor do mundo, segundo contabilidade feita em 43 países desenvolvidos e emergentes. As contas indicam que cerca de 70% das emissões são geradas na cadeia de suprimentos (produção, transporte e descarte dos bens e serviços). Os números são de um estudo produzido pela Health Care Without Harm (HCWH) e divulgado esta semana no 12º seminário sobre Hospitais Saudáveis, em São Paulo. “Temos que transformar o setor de saúde contaminando e emitindo menos. E também tornando-o mais resiliente para enfrentarmos os desastres ambientais”, disse Rosemary Kumwenda, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Europa e na Ásia Central à jornalista Daniela Chiaretti, do Valor Econômico. Susan Wilburn, diretora de sustentabilidade da Global Green and Healthy Hospitals, lembrou que 25% das doenças globais têm origem em fatores ambientais. O Brasil poderia avançar muito nesta área, já que 70% dos brasileiros são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Porém, Vital de Oliveira Ribeiro Filho, presidente do conselho do Projeto Hospitais Saudáveis de São Paulo, destaca que o SUS não possui sistema unificado de compras e nem leva em conta critérios climáticos.
ClimaInfo, 13 de novembro de 2019.
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