Sim, a Amazônia é nossa, mas não para devastar como se não houvesse amanhã

20 de novembro de 2019

Em editorial, a Folha de S. Paulo mostra como (mais uma vez) os números desmentem o ministro do Meio Ambiente em suas tentativas de isentar o governo Bolsonaro de responsabilidade pelo maior aumento em onze anos do desmatamento da Amazônia.

Embora seja verdade que essa tendência remonte a 2013, a política (ou falta de) do atual governo contribui, e muito, para “potencializar” (como disse o próprio presidente) o processo. Apenas nos meses de campanha eleitoral, a alta foi de 49%. Segundo dados preliminares do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o desmatamento de janeiro a outubro de 2019 foi 70% maior que no mesmo período do ano anterior, sinalizando que a taxa anual de 2019-20 poderá ultrapassar 12 mil km².

Como o editorial conclui, os ventos semeados por Bolsonaro e Salles resultam agora na colheita de uma dupla-tempestade: primeiro, o não cumprimento das metas de redução do desmate assumidas no Acordo de Paris; segundo, nos sinais que já começaram a surgir de ressecamento na porção sudeste da Amazônia, o chamado Arco do Desmatamento. Esse é o primeiro estágio do fenômeno batizado como “savanização” que, se avançar, reduzirá as chuvas necessárias tanto ao agronegócio como para as hidrelétrica que ancoram o sistema brasileiro de energia elétrica.

 

ClimaInfo, 21 de novembro de 2019.

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