Conflito com ONG em 1997 em Alter do Chão já envolvia um “Alexandre Rizzi”

Ambientalistas Alter do Chão

Ambientalistas em tensão já por décadas em Santarém. Em 1997, voluntários internacionais do Greenpeace foram expulsos do país após invadirem um navio carregado de madeira no porto daquela cidade em protesto contra o corte ilegal de árvores. Na ocasião, a Polícia Federal disse que o grupo havia interferido nas operações do porto, o que é proibido por lei.

Um repórter do jornal Folha de S.Paulo acompanhou a operação e entrevistou “dois proprietários de madeireiras” que acompanhavam o embarque de cargas no momento da intervenção da ONG. Uma das pessoas entrevistadas foi identificada como Alexandre Rizzi, homônimo do juiz que ordenou nesta semana a prisão dos ambientalistas em Santarém. “Toda essa madeira é fiscalizada rigorosamente pela Receita Federal, essa manifestação é ridícula”, disse, então, à Folha, Alexandre Rizzi, identificado como dono da madeireira Maderize, que já deixou de operar e sobre a qual não há qualquer registro na internet.

Na quarta-feira, a BBC News Brasil questionou o gabinete do juiz Alexandre Rizzi se ele tinha algum parentesco com o empresário citado na reportagem de 1997. O questionamento foi reiterado em diferentes ligações e e-mails enviados na 5ª feira.

Um assessor do juiz diz que repassou o questionamento ao magistrado, mas que ele não quis responder.

A matéria da BBC detalha outros conflitos, inclusive o mais recente, gerado pelo boom do turismo na região.

 

ClimaInfo, 29 de novembro de 2019.

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