A luta para provar a relação entre direitos humanos e clima

6 de dezembro de 2019

Pedro Borges, do site Alma Preta, ouviu movimentos em defesa das comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, que estão acompanhando a COP25, e identificou o temor de que os direitos humanos sejam subtraídos da ação climática.

Para Taily Terena, representante da Coordenação Nacional de Mulheres Indígenas (CONAMI), o problema é que grande parte dos países avaliam que os direitos humanos não têm relação com as mudanças climáticas. “Os povos tradicionais devem estar no centro do debate sobre as mudanças climáticas porque, segundo a própria ONU, mais de 80% do território de biodiversidade do planeta é preservado por 4% da população mundial, que são os indígenas”, argumenta.

Erisvan Guajajara, um dos líderes do povo Guajajara no Maranhão, denuncia que Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, não respeita as comunidades indígenas, embora a conservação do modo tradicional de vida dos indígenas devesse ser uma das prioridades da governança do Meio Ambiente. “Nós estamos há 519 anos defendendo nosso território, que é um bem para o planeta e para toda a sociedade. Em nome do que chamam de desenvolvimento capitalista, estamos morrendo. A gente se pergunta: ‘Quem será o próximo?’. Às vezes, dá medo de sair de casa, mas não vamos recuar porque a terra é como se fosse a nossa mãe”, pontua.

 

ClimaInfo, 6 de dezembro de 2019.

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