A escala da transformação da geração de eletricidade nos EUA para um sistema livre de fósseis em dez anos é comparável com os melhores anos da expansão de eólicas e fotovoltaicas na China. A comparação vem de um estudo comentado por Justin Gillis e Sonia Aggarwal no New York Times.
Hoje, quase 40% da eletricidade do país vem de hidrelétricas construídas na primeira metade do século passado; de usinas nucleares construídas na segunda metade; e das novas eólicas e fotovoltaicas construídas neste século. A opção nuclear, além de todos os riscos, demora tempo demais para ser construída e, por isso, não foi incluída no trabalho. Para ter uma geração limpa, os norte-americanos teriam que, nos próximos dez anos, construir 120.000 turbinas eólicas e 44.000 plantas fotovoltaicas das grandes.
O desafio, para os autores, é comparável com a expansão da rede elétrica promovida pelo então presidente Roosevelt na década de 30. Ao começar, praticamente só as cidades tinham luz e, mesmo assim, com pouca conexão entre elas. Na década de 50, praticamente todo norte-americano estava conectado. O diagnóstico é tão simples quanto problemático. O desafio não é físico, nem econômico – é político. Ter um presidente e um Congresso promovendo fósseis é, de longe, o maior obstáculo.
ClimaInfo, 17 de dezembro de 2019.
Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.
