A indústria fóssil da Austrália deve pagar um imposto sobre desastres climáticos, propõe “think tank”

Austrália think tank

O The Guardian colocou o calor recorde pelo qual passa a Austrália na capa de sua edição impressa e escreveu sobre uma proposta do think tank The Australia Institute, segundo a qual a indústria de combustíveis fósseis do país deve pagar um imposto nacional para cobrir os custos de incêndios, inundações e outros desastres relacionados ao clima.

A discussão acontece enquanto o país passa por uma tremenda onda de calor. Ontem (18), foi o dia mais quente do registro histórico, quando a média nacional das máximas atingiu 40,9oC. O país está enfrentando neste momento uma seca severa e um grande número de incêndios florestais. Algumas estações meteorológicas de sua região central registraram temperaturas 16oC mais altas do que a média usual para dezembro e “mais recordes podem ser superados” hoje em Nova Gales.

O litoral do Oeste da Austrália está em meio à onda de calor marinha mais abrangente observada desde o início do monitoramento por satélite, em 1993. Acredita-se que as águas quentes tenham contribuído para uma série de episódios de mortandade de peixes no último mês: “Particularmente nas últimas duas semanas, as temperaturas dos oceanos têm aumentado – estão cerca de dois graus mais quentes do que o normal para dezembro”, disse a professora Charitha Pattiaratchi, da Universidade da Austrália Ocidental, à ABC News.

Segundo o Australian Bureau of Meteorology, “o clima da Austrália é cada vez mais influenciado pelo aquecimento global e a variabilidade natural ocorre sobre esta tendência de fundo”.

 

ClimaInfo, 19 de dezembro de 2019.

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