A epidemia do coronavírus já afetou quase 8 mil pessoas e provocou a morte de 170 delas. O centro da epidemia é a cidade chinesa de Wuhan e praticamente todos os casos são de moradores da província. O vírus se espalha por meio de pessoas que estiveram ou tiveram contato com gente que passou por lá. Segundo a BBC, é a sexta vez que a OMS dá este tipo de alerta desde a criação do dispositivo, em 2005. O diretor-geral da entidade, Tedros Ghebreyesus, fez o anúncio explicando que “a principal razão (para a declaração de emergência) não é o que está acontecendo na China, mas o que está acontecendo em outros países. Nossa maior preocupação é com o potencial do vírus atingir países com sistemas de saúde mais frágeis.”
A OMS define uma Emergência Global como um “evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e potencialmente exige uma resposta internacional coordenada”, recomendando às autoridades de saúde do mundo inteiro o aumento do monitoramento da doença e a prontidão em adotar medidas de contenção rapidamente.
No meio de muita notícia e rumores, especialistas da OMS disseram que, até agora, não há nada que interfira em trocas comerciais ou em viagens internacionais para a China. “A OMS não recomenda limitações de comércio ou de movimento”, declarou Ghebreyesus.
A OMS batizou o vírus de “2019-nCoV”.
As outras vezes em que a OMS declarou uma emergência destas foram: 1) a gripe suína provocada pelo vírus H1N1 em 2009; 2) a pólio, em 2014; 3) o Ebola em 2014 e também no ano passado; e 5) na epidemia de Zika em 2016 que passou por aqui com consequências trágicas.
O El País registrou que a Rússia fechou seus mais de 4.000 km de fronteira com a China. O Valor repercutiu o aviso da Air France – KLM de que estavam suspendendo os voos à China. Vários jornais, dentre os quais o Valor, estão acompanhando o impacto da epidemia nas bolsas internacionais. Ontem, o Ibovespa operou em forte queda e o dólar fechou em ligeira alta. Vale registrar que os principais veículos da mídia estão dando manchetes diárias sobre o vírus – ver, por exemplo, Folha, Estadão e O Globo.
ClimaInfo, 31 de janeiro de 2020.
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