“Sabemos que em breve a Antártica também poderá ser uma utopia que viverá apenas nas histórias”

4 de fevereiro de 2020

O título desta nota está na despedida da Antártica que Eliane Brum escreveu para o El País. Eliane esteve no continente gelado acompanhando uma expedição do Greenpeace à bordo do Arctic Sunrise. Ela dizia no começo da viagem que queria fazer a ponte entre a Amazônia: “A floresta está sempre sendo quebrada por motosserra ou por fogo. Dela sempre há gente mais forte tentando arrancar minério da terra, botar soja ou boi, essa criatura viva que virou mercadoria. A luta na Amazônia é para perder menos, mas perdemos sempre (…) É assim que as lideranças indígenas, ribeirinhas e quilombolas, assim como agricultores familiares e também os ativistas, têm vivido na Amazônia. Botando o corpo diante da floresta apenas para perder um pouco menos (…) Na Antártica, não ainda. É possível perceber que a pressão está aumentando. As geleiras derretem a uma velocidade assombrosa, algumas espécies de pinguins sofrem redução drástica de sua população, o continente já aqueceu devido à mudança do clima. Na península, onde estávamos, a temperatura já aumentou 3 graus Celsius. Sabemos que em breve a Antártica também poderá ser uma utopia que viverá apenas nas histórias. Mas ela ainda está lá. E sua atordoante beleza acusa toda a destruição que provocamos.”

 

ClimaInfo, 04 de fevereiro de 2020.

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