A FAO afirmou que eventos extremos favorecem a reprodução dos gafanhotos do deserto que estão assolando o leste da África e a fronteira entre o Paquistão e a Índia. O organismo da ONU apontou para o comportamento fora da curva do Dipolo do Oceano Índico no ano passado o qual, aquecendo suas águas, criou as condições para o duplo ciclone que atingiu Moçambique e fez chover abundantemente em todo leste africano. Após 6 anos secos, a vegetação brotou com força, oferecendo alimento abundante e na hora certa para os gafanhotos.
Os modelos climáticos indicam que este comportamento do Dipolo deverá se repetir por conta da mudança do clima. A notícia é da sul-africana IOL. A FAO mantém uma página dedicada aos gafanhotos do deserto e publicou um relatório em 2016 sobre eles e as condições meteorológicas.
Em tempo: Na outra ponta, o Dipolo está por trás da redução aguda das chuvas na Austrália, criando as condições para os megaincêndios da virada do ano.
ClimaInfo, 06 de fevereiro de 2020.
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