Os Grandes Lagos norte-americanos estão submergindo comunidades

Grandes Lagos

A região dos Grandes Lagos na divisa entre os EUA e o Canadá está cada vez mais debaixo d’água. As chuvas dos últimos meses já quebraram um recorde centenário e as previsões são de mais água nos próximos meses.

Propriedades que até há pouco tinham quase um hectare entre as margens dos lagos e as edificações, hoje não têm mais. Em muitos lugares casas desapareceram. Docas que anteriormente não tinham, barcos porque a água não chegava até elas, foram carregadas pelas enchentes. O normal era os lagos esvaziarem no outono e no inverno, quando a água congela, e voltarem a encher quando ela derrete na primavera e no verão. Nos últimos anos, o que se viu foi, primeiro, uma seca bem mais intensa e lagos mais vazios. E, agora, mais chuvas e lagos transbordando.

Uma matéria da AP resume a situação dizendo que os altos estão mais altos e os baixos, mais baixos, e a alternância se dá cada vez mais rapidamente, o que não deveria estar acontecendo porque o sistema de canais ligando os lados permitiu, até há pouco, um controle quase que total sobre os níveis de água.

Como a atmosfera está aquecendo, os lagos perdem mais água por meio da evaporação. Mas a atmosfera mais úmida propicia chuvas mais fortes, resultando nesta forte oscilação dos níveis dos lagos. A isso se soma as mudanças que vêm acontecendo no jet-stream Ártico, provocando recordes, ora de frio e gelo ora de ondas calor.

Mais um teste de adaptação para duas das mais ricas nações do mundo.

 

ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)