O anúncio do Conselho da Amazônia feito por Bolsonaro no primeiro dia do Fórum de Davos foi improvisado e carece de prazos, estrutura, objetivos claros e verba, indicam as entrevistas feitas com as autoridades envolvidas feitas por Luciana Coelho e Gustavo Uribe para a Folha de São Paulo.
Os planos foram improvisados após o governo se surpreender com o fato da questão ambiental ser um vértice do evento em Davos.
A ideia de retomar o conselho criado por decreto por FHC foi de Salles, para quem, segundo a Folha, “a iniciativa responderia às críticas tanto de países europeus e de investidores estrangeiros, além de envolver na pauta de forma direta outros ministérios.” O nome de Mourão para comandá-lo, foi sugerido pelo ministro da secretaria de governo, general Luiz Eduardo Ramos.
A criação da Força Nacional Ambiental, também engatinha. Como esta dependerá dos estados, até os integrantes do governo mais otimistas acham improvável a Força Nacional Ambiental começar a atuar efetivamente na floresta até maio, um mês antes do período de seca, quando sobe o risco de queimadas.
A terceira ação prometida, a conversão do Centro de Biotecnologia da Amazônia em centro de negócios sustentáveis a partir de abril, ainda está em fase embrionária, o que praticamente inviabiliza o prazo.
ClimaInfo, 11 de fevereiro de 2020.
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