“As mudanças climáticas, a degradação ecológica, populações migrantes, conflitos, desigualdades persistentes e práticas comerciais predatórias ameaçam a saúde e o futuro de crianças em todos os países do mundo”. A mensagem é de um relatório lançado ontem pela UNICEF e pela revista médica The Lancet com o título “Um futuro para as crianças do mundo?”.
Uma das coordenadoras do trabalho, a ex-primeira ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, disse que, “apesar das melhorias na saúde de crianças e adolescentes nos últimos 20 anos, o progresso tem estagnado e está prestes a se reverter. Foi estimado que cerca de 250 milhões de crianças menores de cinco anos em países de baixa e média renda estão em risco de não alcançar seu potencial de desenvolvimento, com base em medidas proxy de atrofiamento e pobreza. Mas, ainda mais preocupante, cada criança em todo o mundo enfrenta agora ameaças existenciais pelas alterações climáticas e pressões comerciais”. Ela adverte: “Os países precisam reformular sua abordagem da saúde infantil e adolescente, para garantir que não apenas cuidemos de nossos filhos hoje, mas protejamos o mundo que eles herdarão no futuro”.
O relatório pode ser baixado aqui. Sabrina Sidhu, da UNICEF escreveu sobre o trabalho. E a Deutsche Welle fez uma matéria a respeito.
ClimaInfo, 20 de fevereiro de 2020.
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