Florestas “virgens” na mira do Plano Prioritário de Investimentos

Bolsonaro virgem

Bolsonaro autorizou a concessão da exploração de madeira em três Unidades de Conservação na Amazônia. As Unidades de Conservação ambiental Humaitá, Iquiri e Castanho passaram a fazer parte do PPI, o Plano Prioritário de Investimentos.

Segundo Gustavo Uribe conta na Folha, Martha Seillier, secretária especial do PPI, disse que “o PPI quer ser verde, sabemos da importância dessa agenda. Nós queremos andar de mãos dadas com o Meio Ambiente”.

Manoel Ventura e Daniel Gullino, d’O Globo, relatam que, para Sellier, “a inclusão das florestas na carteira do PPI é muito mais associada a permitir esse desenvolvimento sustentável. A permitir que as famílias, as empresas possam ter uma exploração controlada pelo governo, regulada naquelas área, e diminuir a exploração e a utilização ilegal, diminuir a grilagem”.

Não se sabe como o PPI prevê fiscalizar a exploração de madeira para evitar a utilização ilegal e a grilagem.

Em tempo: Vale registrar a matéria de Afonso Benites no El País sobre o projeto de lei que reduz a obrigação de Reserva Legal em Roraima e no Amapá e aloca quase 5 mil hectares de floresta para a reforma agrária. O deputado Rodrigo Agostinho alerta que “essa é uma mudança para beneficiar garimpeiros. Dizem que vai beneficiar assentamentos, mas é mentira. É um absurdo diminuir uma área protegida”.

 

ClimaInfo, 20 de fevereiro de 2020.

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