O lado B dos “stranded assets”

27 de fevereiro de 2020

A gigantesca indústria fóssil internacional, que vive o pesadelo de ver suas reservas virarem “stranded assets” ou ativos encalhados ou irrecuperáveis, corre o risco de simplesmente quebrar e deixar as contas para serem pagas por governos e contribuintes.

Matéria do Carbon Tracker explica que as leis exigem que, ao final de sua vida, campos de petróleo e gás sejam devidamente fechados e lacrados para proteção ambiental e da saúde humana. Também devem ser devidamente “aposentados”, no jargão contábil, e saírem dos livros. Tudo isso custa caro. Na medida em que o preço das renováveis cai e se acelera a transição, isso apressa cada vez mais a “aposentadoria” fóssil. O resultado é que parte do custo de fechar e lacrar acaba recaindo sobre os contribuintes.

A matéria diz que, nos EUA, a infraestrutura de exploração de petróleo e gás está velha e o custo de “aposentá-la” já é maior do que os recursos da indústria. Lá, reguladores estão começando a enfrentar a situação, obrigando as petroleiras a aumentarem suas reservas de caixa para as “aposentadorias” que vêm pela frente. Com menos caixa, isso acaba apressando ainda mais tais “aposentadorias” e o momento em que as reservas passam a ser irrecuperáveis economicamente.

 

ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2020.

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