Suspenso o licenciamento da mina Guaíba de carvão, no RS

Guaíba

O processo de licenciamento do projeto de exploração de carvão Guaíba foi suspenso por ordem judicial na última sexta-feira (21). O motivo foi a não inclusão, no EIA-RIMA, da comunidade indígena Aldeia TeKoá Guajayvi, localizada na região do empreendimento. A juíza que deu a ordem de suspensão entendeu que era preciso uma análise conclusiva da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) sobre possíveis impactos.

É mais um empecilho no caminho de um projeto polêmico que prevê a mineração de carvão a céu aberto, uma termelétrica e o sonho de um polo carboquímico. O projeto carrega o enorme risco de poluir o Parque Estadual Delta do Jacuí, crucial para manutenção da qualidade da água que abastece Porto Alegre. Sem falar que, enquanto o mundo se esforça para se livrar do carvão, o Brasil continua dando R$ 1 bilhão em subsídios e sujando a sua propalada matriz elétrica “limpa”. A notícia saiu no Zero Hora e n’O Globo.

Sobre o futuro do carvão, uma fotografia interessante do caso indiano está em uma matéria da Reuters: “Ao invés de política, a razão (do carvão perder espaço) é, em grande parte, econômica, com os contratos de compra de energia das fontes renováveis agora chegando a níveis em que nem mesmo as usinas a carvão existentes conseguem competir. O carvão está travando uma luta injusta e está perdendo cada vez mais”.

 

ClimaInfo, 27 de fevereiro de 2020.

Se você gostou dessa nota, clique aqui para receber em seu e-mail o boletim diário completo do ClimaInfo.

x (x)
x (x)