Mais vento: Uma joint venture entre a Votorantim Energia e um fundo canadense investirá R$ 2 bilhões em dois complexos eólicos localizados entre o Piauí e Pernambuco. A capacidade dos dois quando prontos será de 1 GW. A notícia saiu no Estadão.
Portfólio mais limpo: A Eneva, empresa dona de ativos da antiga MPX de Eike Batista, fez uma oferta pela AES Tietê. Hoje, o portfólio da Eneva se concentra em térmicas a gás na bacia do Parnaíba e nas térmicas a carvão nos Ceará e Maranhão. Comprando a AES, ela “limpa” um pouco sua carteira, já que esta tem forte participação em hidrelétricas e eólicas. Uma vez aprovada a aquisição, a nova Eneva emitirá menos por unidade de faturamento. A notícia é do Valor.
Biogás de vinhaça: Um dos sonhos mais antigos do mundo da energia renovável é fazer a biodigestão de vinhaça (ou vinhoto) para, ao mesmo tempo, produzir gás combustível e reduzir o volume imenso do resíduo da produção de açúcar e álcool. Em média, para cada litro de etanol, uma destilaria tem que se livrar de 12 litros de vinhaça. Praticamente toda vinhaça é, hoje, usada para fertirrigar as plantações de cana-de-açúcar. Só que há um limite econômico de distância dentro do qual compensa bombear a vinhaça. Ao longo do tempo, muita gente tentou viabilizar um biodigestor para a vinhaça, mas os resultados, até agora, são pífios: uma usina aqui, um biodigestor acolá. Se e quando esta tecnologia se provar viável, a usina poderá usar o gás para gerar mais eletricidade ou até comprimir e vender como GNV, ajudando a resolver uma das maiores dependências dos combustíveis fósseis – o transporte de carga a diesel. Daniel Rossi escreveu no Valor um artigo otimista sobre o tema.
ClimaInfo, 4 de março de 2020.
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