Crise climática pode ser tratada com instrumentos financeiros?

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O mundo corporativo precisa de metas, métricas e métodos claros e transparentes para aferir o progresso na direção da “sustentabilidade”.

Um artigo no Financial Times começa comparando a maioria dos relatórios de sustentabilidade com a visão limitada dos relatórios aos acionistas logo antes da crise de 2008. Naquela época, a grande meta eram os resultados trimestrais. E foi justamente esse “curto-prazismo” que cegou e impediu que os analistas vissem a crise que estava por vir.

O primeiro passo é classificar de uma vez por todas a emergência climática como um risco sistêmico e adotar as métricas de classificação existentes. O segundo deve vir dos legisladores, que precisam definir as metas e prazos a serem atingidos – seja na mitigação de emissões, seja no provisionamento contra desastres climáticos e impactos econômico-financeiros.

Os dois passos terão impacto imediato nos balancetes e nas prestações de contas aos acionistas e investidores. É isso que os autores querem que aconteça.

 

ClimaInfo, 10 de março de 2020.

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