Os seguros em um mundo de baixo carbono

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O mundo das seguradoras começa a levar a sério a transição para um mundo de baixo carbono. A megasseguradora Lloyds e a consultoria econômica Vivid produziram um relatório analisando os impactos desta transição e os riscos a serem enfrentados pelo setor. Suas principais conclusões foram:

– O setor dos fósseis deve esperar uma queda acentuada de receitas até 2030 e, em especial para o carvão, um volume importante de “ativos encalhados ou não recuperáveis”.

– O futuro da indústria pesada depende da velocidade e da profundidade da transformação da sua matriz energética. Mais eletricidade e mais reciclagem são imprescindíveis.

– Para a navegação e as aéreas, o principal meio de reduzir emissões é a queda da demanda. Será o caso se as demandas de petróleo e gás caírem, seu transporte também cairá.

Um segundo relatório aprofunda onde esses impactos serão maiores: carvão, navegação, biocombustíveis, solar fotovoltaica e construção civil. Vale dizer que, para o carvão, a forte redução da demanda até 2030, junto com ativos cada vez mais encalhados, farão com que os seguros fiquem mais raros e mais caros. O relatório aponta dois possíveis caminhos salvadores: a maturação da tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) e o aproveitamento da infraestrutura para a substituição do carvão por biomassa.

 

ClimaInfo, 10 de março de 2020.

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