Pesquisadores modelaram ecossistemas de tamanhos e dinâmicas diferentes que apresentam sintomas de colapso. “Os resultados mostram que as mudanças nos ecossistemas terrestres ocorrem ao longo de anos e décadas, o que significa que o colapso de grandes ecossistemas vulneráveis, tais como a floresta tropical amazônica e os recifes de coral do Caribe, pode levar apenas algumas décadas, uma vez desencadeado.”
O trabalho, que acaba de sair na Nature, partiu da análise de 42 sistemas que colapsaram para entender suas dinâmicas. Dentre eles, o colapso da pesca em Newfoundland, no Canadá, a morte da vegetação no Sahel, a desertificação das terras agrícolas no Níger, o branqueamento dos recifes de coral na Jamaica e a eutrofização do Lago Erhai na China.
Os pesquisadores constataram que sistemas maiores, como a Floresta Amazônica, se modificam mais lentamente no começo do processo de colapso, mas a transformação se acelera mais do que em sistemas menores, fazendo com que o processo ande mais rápido.
John Dearing, da Universidade de Southampton e autor líder do trabalho, diz que “o que é novo é que estamos mostrando que isso faz parte de uma história bem maior. Quanto maior o sistema, maior a fragilidade e proporcionalmente mais rápido o colapso”. O The Independent e o The Guardian comentaram o trabalho.
ClimaInfo, 11 de março de 2020.
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