Empresas enfrentando o vírus 

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O Financial Times publicou uma matéria sobre o coronavírus servir como um “teste ácido” para avaliar a seriedade das empresas em relação aos temas da sustentabilidade. A matéria dá os exemplos da Microsoft e da Alphabet que se comprometeram a manter os salários apesar de terem reduzido a carga de trabalho. Já o CEO da Whole Foods, supermercado do grupo da Amazon, sofreu críticas pesadas por ter sugerido que empregados com tempo acumulado no banco de horas fizessem doações de horas para os empregados acometidos pelo coronavírus.

O primeiro setor do mundo globalizado a ser atingido pelo vírus foi o aéreo. Primeiro, a China restringiu viagens internas, depois alguns países proibiram viagens à China e, nos últimos dias, uma grande sucessão de fronteiras vêm sendo fechadas. Resultado: empresas batendo nas portas dos governos pedindo ajuda para enfrentar a queda de movimento. Nos EUA, pediram US$ 50 bilhões, mais do triplo que receberam em 2001, na esteira do 11 de setembro.

Outra matéria do Financial Times faz um diagnóstico mais dramático: “Na Europa, onde há companhias aéreas demais correndo atrás de cada vez menos passageiros, já faz tempo que uma limpeza é inevitável (…) mesmo sem o estresse da pandemia de hoje.” O remédio ultraliberal da publicação é deixar quebrar. O clima global agradeceria se houvesse, de fato, menos passageiros, menos aviões e menos fósseis sendo queimados.

Aqui, o presidente vem repetindo que o socorro às companhias aéreas é prioridade do seu governo. O primeiro pacote de socorro estendeu o prazo de pagamento de taxas e o do reembolso de consumidores. Se bem que esta última “bondade” não saiu do bolso dele.

 

ClimaInfo, 19 de março de 2020.

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