A economia não vem em primeiro lugar

22 de março de 2020

De um lado, um presidente e seu “Posto Ipiranga” querendo manter a economia girando, arriscando um efeito colateral na casa de milhões de mortos. De outro, China, Europa e EUA colocando os governos como provedores de recursos para garantir o funcionamento das medidas de distanciamento social. Diante de uma corona-crise, o modelo liberal, a fé no Deus ex-machina do mercado e em um Estado mínimo, maximiza o número de mortos e ainda deixa uma economia quebrada ao final.

Adam Tooze, da Universidade de Columbia, afirma no The Guardian que a globalização da economia, iniciada por Reagan e Thatcher nos idos 1980, sobreviveu à crise de 2008 dados os aportes trilionários dos bancos centrais, estava levando trancos sérios com as maluquices de Trump e com o Brexit. Aí chega o coronavírus. Tooze diz que, do ponto de vista do mercado, o vírus atinge mais severamente a população menos produtiva da sociedade. Mas diante da dimensão da crise e da letalidade do vírus, “a estupidez está em não reconhecer prontamente que devemos agir, que devemos fechar [tudo], que mesmo a atividade individual mais essencial da era do mercado – ir ao shopping – se transformou em um crime contra a sociedade.”

 

ClimaInfo, 23 de março de 2020.

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