Aéreas pedem socorro para sobreviver à crise

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Documentos revelam que as principais companhias aéreas do mundo estão se mobilizando para pressionar os governos por cortes de impostos, subsídios e fundos de resgate para conseguir sobreviver à pior crise da história do setor, resultado da paralisação do transporte aéreo decorrente da pandemia da COVID-19.

Luke Barratt, da Unearthed, teve acesso exclusivo a e-mails e comunicados confidenciais de executivos do setor que evidenciam essa mobilização.

O foco central da estratégia das companhias aéreas, organizadas em torno da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos, sigla em inglês), é obter apoio público para conseguir se manter em meio à pandemia e para ter condições de voltar à operacionalidade imediata assim que as restrições internacionais a viagens aéreas forem relaxadas.

Entre as medidas desejadas pelo setor estão a redução imediata de impostos e tarifas e o adiamento de eventuais aumentos previstos para os próximos 6 a 12 meses, o estabelecimento de um fundo de resgate para ajudar as empresas a retomar suas operações, e a redução no número de funcionários nos aeroportos para economizar dinheiro e repor eventuais perdas fiscais com os benefícios ao setor. Outra medida, essa de mais curto prazo, é a definição de regras para o reembolso de passagens aéreas canceladas durante o período da pandemia: ao invés da devolução do dinheiro aos clientes, as empresas do setor querem oferecer um voucher para ser aproveitado na compra de uma nova passagem.

No entanto, existe uma preocupação quanto a qualquer apoio obtido pelo setor aéreo na esteira da pandemia possa servir para que essas empresas se beneficiem de recursos públicos fáceis sem qualquer contrapartida, especialmente em termos de redução de emissões de gases de efeito estufa.

 

ClimaInfo, 8 de abril de 2020.

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