O “pibinho” de 2019 deixará saudades

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Mal passou um mês do anúncio do “pibinho” e já deve ter gente com saudades. No começo de março, ficou-se sabendo que a economia brasileira havia crescido 1,1% em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. Na medida em que a “corona-crise” foi derrubando economia após economia, a previsão de um crescimento acima de 2% foi diminuindo. Nestes últimos dias, o ministro Guedes disse esperar uma queda de 4%, e o Banco Mundial fala de uma queda de 5%.

O Valor ouviu economistas e analistas de mercado: enquanto a Fitch Ratings é mais otimista dizendo que a economia “só” encolherá 2%, a JGP Gestão de Recursos acha que o tombo será de 6%. Com a economia global prestes a entrar em recessão ou já mergulhada nela, as exportações das commodities brasileiras para China e Europa deve cair drasticamente.

O Brookings Institute tem um indicador de desempenho das economias. Segundo matéria de Chris Giles, editor do Financial Times, enquanto nos últimos anos, o índice variou entre -10% e +5%, a previsão para 2020 é de uma queda de mais 20% para o mundo em desenvolvimento e de 15% no mundo desenvolvido. No início de março, com a China ainda parada, as comparações do tamanho do impacto eram feitas com a crise financeira de 2008-09. Agora fala-se do colapso de 1929 e da possibilidade da atual crise suplantar a grande depressão daquela época. Eswar Prasad, da Brookings, explica seu pessimismo: “A demanda foi devastada, cadeias de suprimentos das indústrias sofreram rupturas extensas e, simultaneamente, há uma crise financeira se desdobrando.”

O Valor publicou uma tradução do artigo.

 

ClimaInfo, 14 de abril de 2020.

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