A “corona-crise” está longe de acabar, mas já há gente especulando quem sairá bem na foto e quem ficará para trás. Patrick Wintour, editor de diplomacia do The Guardian, pegou impressões de políticos, pensadores e do que encontrou nas ruas. Uma das frases emblemáticas vem de um graffiti em Hong Kong: “Não pode haver uma volta ao normal porque o normal era o problema em primeiro lugar.”
O think tank The Crisis Group sugere que há duas narrativas opostas se sobressaindo: “Uma onde a lição é que os países devem se unir para enfrentar melhor a COVID-19, e outra onde a lição é que os países precisam se separar para se protegerem melhor contra ela.”
O filósofo coreano Byung-Chul Han diz que a cultura oriental se mostrou melhor preparada para enfrentar a pandemia e entende que os cidadãos ocidentais podem se sentir atraídos pela segurança e o senso de comunidade das sociedades orientais e podem estar dispostos a sacrificar liberdades individuais. Afinal, ele pondera, “há pouca liberdade em se ser forçado a passar a primavera fechado em seu próprio apartamento.”
Stephen Walt, da universidade de Harvard, olha para poder político crescente dos países orientais, comparando a competência com que China, Coreia e Singapura trataram a epidemia, com o que acontece nos EUA e na Europa. “O coronavírus acelerará a mudança de poder e influência do ocidente para o oriente.”
ClimaInfo, 14 de abril de 2020.
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