O repositório de vírus na Amazônia

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Pesquisadores catalogaram mais de 3.200 tipos de coronavírus em morcegos na Amazônia. Para Ana Lúcia Tourinho, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), “se a Amazônia virar uma grande savana, não dá nem para imaginar o que pode sair de lá em termos de doenças. É imprevisível. Além de ser importante para nós por causa do clima, da fauna, ela é importante para nossa saúde.”

Nádia Pontes escreveu na Deutsche Welle sobre a relação entre o desmatamento e a perda de habitats naturais dos mamíferos, como os morcegos, e o aumento do risco desses vírus passarem para os seres humanos. Tourinho diz que “a floresta fechada é como um escudo para que comunidades externas entrem em contato com animais que são hospedeiros de micro-organismos que causam doenças. E quando a gente fragmenta a floresta, começa a fazer vias de entrada no seu seio, isso é uma bomba-relógio”. Ela diz também que os povos nativos são mais resistentes, por estarem em contato com a floresta há séculos.

 

ClimaInfo, 20 de abril de 2020.

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