“Uma tempestade perfeita está se formando na Amazônia, com potencial devastador para a saúde: a mistura da pandemia de COVID-19 com as queimadas.” Tasso Azevedo, do MapBiomas, escreveu n’O Globo que o aumento constante do desmatamento é sinal de que as queimadas serão novamente numerosas: “Desde abril de 2019, o desmatamento está acelerando na Amazônia. No primeiro trimestre de 2020, a área desmatada detectada aumentou mais de 50% em relação ao mesmo período de 2019. E, como mostram os dados do MapBiomas Alerta, mais de 95% do desmatamento são ilegais.”
No ano passado, as queimadas chamaram a atenção do mundo depois que São Paulo viveu um dia cinza-chumbo provocado pela fumaça. Essa fumaça, lembra Azevedo, é responsável por aumentar os casos de internações e óbitos por doenças respiratórias. Este ano, com a COVID-19 se espalhando pelo país, o impacto promete ser ainda mais trágico.
Jan Rocha fala, no Climate News Network, sobre a relação entre o desmatamento e o aumento de doenças tropicais, além do potencial do surgimento de novos vírus pandêmicos, apontando que “a destruição da Amazônia é um desastre não só para o clima do mundo, mas também para a saúde global, e o Brasil está prestes a se tornar um dos países mais afetados.”
ClimaInfo, 30 de abril de 2020.
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