Sibéria: incêndios queimam 20 mil km2 de floresta

5 de maio de 2020

A combinação do aquecimento global com as quarentenas está por trás da devastação provocada por incêndios florestais na Sibéria. Segundo autoridades russas, em Krasnoyarsk, a área queimada é 10 vezes maior do que a queimada na mesma época do ano passado. Em Transbaikal, é 3 vezes maior, e na região de Amur, 1,5 vezes maior. No total, os incêndios já destruíram uma área do tamanho do estado de Alagoas. Se o aquecimento da atmosfera na Sibéria deixa a floresta mais seca nesta época, as quarentenas fazem com que moradores esqueçam das regras de segurança contra incêndios, e fazem, também, com que as equipes de monitoramento e combate passem menos tempo em campo. A notícia foi divulgada pela Science Alert e pelo Gizmodo.

Em tempo 1: Vale ler o quase manifesto do pessoal do Nature Based Solutions (Soluções Baseadas Natureza) dizendo que a pandemia escancarou os riscos inerentes à destruição desenfreada da natureza, mas abriu a possibilidade de mudança da direção das economias de modo a cortar emissões, conservar ecossistemas e serem social e ambientalmente responsáveis. O documento leva o título inspirado em inglês de “And/also”, not “Either/or” (E, não Ou), destacando a necessidade de restaurar a natureza e cortar emissões.

Em tempo 2: Também vale a leitura do editorial da Scientific American que fala da relação entre o desmatamento de florestas tropicais e o surgimento e transmissão de SARS, Ebola e, agora, do SARS-CoV-2. Isso sem falar de outras famílias de doenças associadas às florestas tropicais, como Zika, Nipah, Malária, Cólera e HIV. “¾ dos patógenos que infectam seres humanos vieram de animais, muitos deles dos habitats florestais que estamos cortando e queimando para criar terras para a agropecuária (…) Quanto mais desmatamos, mais entramos em contato com a vida selvagem que carrega micróbios adequados para nos matar – e mais concentramos esses animais em áreas menores onde eles podem trocar micróbios infecciosos, aumentando as chances de novas cepas.”

 

ClimaInfo, 5 de maio de 2020.

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