Um levantamento do Ibama obtido com exclusividade pelo repórter Leandro Prazeres, d’O Globo, mostrou que o desmatamento causado pelo garimpo na Amazônia atingiu no ano passado o maior volume desde 2015, quando começou a ser computado. De 2018 para 2019, houve um aumento de 23%, aumentando de 8,5 mil hectares para 10,5 mil, uma área equivalente a 10 mil campos de futebol.
De acordo com o levantamento, a área mais afetada em 2019 é a região oeste do Pará, na bacia do rio Tapajós e nas sub-bacias dos rios Crepori e Jamanxim. Foi nesse entorno que agentes do Ibama, do ICMBio e da Polícia Federal realizaram operações em março passado com objetivo de desmantelar garimpos ilegais.
O desmatamento causado pelo garimpo é um dos principais indicadores do avanço dessa atividade econômica na Amazônia. Os dados foram coletados a partir do sistema DETER-B do INPE.
A matéria cita o ambientalista Antonio Oviedo, coordenador do programa de monitoramento do Instituto Socioambiental, quem comentou que “há uma relação quase direta entre as manifestações do presidente [Jair Bolsonaro, defensor da legalização de atividades de garimpo ilegal na Amazônia] e o aumento do desmatamento e da atividade garimpeira”.
ClimaInfo, 7 de maio de 2020.
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