Desmatamento da Amazônia aumentou 64% em abril

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Em abril, segundo o DETER-INPE, foi desmatada uma área de mais de 400 km2, 64% maior que a desmatada em abril do ano passado. O calendário oficial do cômputo do desmatamento vai de agosto a julho do ano seguinte. E, para este ano, faltam justamente os meses nos quais, passada a estação das chuvas, o desmatamento dispara. Desde agosto do ano passado, foram desmatados 5.666 km2. Entre agosto de 2018 e abril de 2019, o desmatamento havia sido quase metade: 2.914 km2. Se o desmatamento seguir a mesma tendência do ano passado, chegaremos a mais de 12.000 km2 medidos pelo sistema DETER.

Lembrando que o total anual oficial é dado por outro sistema, o PRODES. Nos últimos 5 anos, o PRODES registrou, em média, totais 50% acima dos detectados pelo DETER. Assim, estaremos diante de um desmatamento de mais de 18.000 km2, um retrocesso de pelo menos 15 anos nas ações de controle da destruição da Floresta Amazônica.

Em 2005, só as emissões do desmatamento foram maiores do que tudo o que o país emitiu no ano passado.

Giovana Girardi, no Estadão, e Jake Spring, na Reuters, comentaram que nem a pandemia segura o desmatamento, e uma matéria na AFP também. Fabio Manzano, n’O Globo, também deu a notícia.

Esta semana começa o período da GLO. A ver o que efetivamente será conseguido.

 

ClimaInfo, 11 de maio de 2020.

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