Pandemia reduz poluição do ar

14 de maio de 2020

O pesquisador David Tsai, do Instituto de Energia e Meio Ambiente usou dados na região metropolitana de São Paulo para avaliar até que ponto a quarentena resultou em uma queda nos níveis de poluentes na atmosfera.

Por um lado, o nível de partículas inaláveis finas apresentou reduções nítidas a partir da 2ª quinzena de março, que mantiveram o Índice de Qualidade do Ar da Organização Mundial da Saúde dentro da faixa considerada “boa”, o que é uma novidade se compararmos com dados dos últimos três anos. Por outro, o mesmo não foi constatado para o ozônio: os níveis do período são similares àqueles registrados em anos anteriores. Como Tsai comenta, o ozônio é um poluente secundário, que não é diretamente emitido por processos de queima de combustível, e sua formação ocorre a partir da combinação de outros poluentes e de certas condições atmosféricas.

De toda forma, os dados apontam para uma melhora da qualidade do ar com o desaquecimento econômico. No entanto, considerando a retomada das atividades, desejada ansiosamente pelo governo federal e muitos empresários, Tsai aponta para o risco do aumento da poluição servir como um catalisador de novos casos de COVID-19, especialmente com a chegada da temporada seca em boa parte do país, quando a poluição costuma aumentar e, com ela, o número de casos de problemas respiratórios.

 

ClimaInfo, 14 de maio de 2020.

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