Distanciamento social em aviões é prejuízo certo para as empresas aéreas

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Seguidas à risca as recomendações de distanciamento, as empresas aéreas correm o sério risco de voarem no vermelho boa parte do tempo. Dan Rutherford, do ICCT, fez simulações da receita e do custo de operação de voos nos EUA com metade dos 216 assentos ocupados, em uma rota de 1.000 milhas, em quatro companhias diferentes.

A American teria um prejuízo de US$ 11.870 por assento por milha. O prejuízo da Delta seria de US$ 10.330; o da United de US$ US$ 10.010 e o da Southwest US$ 8.300, sempre por assento por milha voada. Ou, olhando de outra maneira, o breakeven, de todas só acontece a partir de 70% de ocupação, o que é incompatível com a distância preconizada de 1 metro. Não há porque supor que a situação seria diferente aqui.

Os infográficos da equipe de Rutherford saíram na Florida Panhandle.

Por outro lado, o Ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse que a Air France se tornará a empresa de aviação mais verde do mundo até 2030, quando a intensidade de emissão de suas operações será metade da atual. Para chegar lá, a empresa propõe reduzir drasticamente voos de menos de 2h30 de duração, que competem com os trens. Também pretende voar adicionando 2% de biocombustíveis. Tudo isso em troca de uma ajuda financeira de € 7 bilhões. Na Europa, fortes campanhas pressionam para que pacotes de ajuda às aéreas sejam condicionados a metas absolutas de redução de emissões. A notícia é do The Guardian.

 

ClimaInfo, 18 de maio de 2020.

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